segunda-feira, 12 de maio de 2014

Papa pede orações pelos Pastores, vocações e pelas mães

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!
O evangelista João nos apresenta, neste quarto domingo do tempo pascal, a imagem de Jesus Bom Pastor. Contemplando esta página do Evangelho, podemos compreender o tipo de relação que Jesus tinha com os seus discípulos: uma relação baseada na ternura, no amor, no conhecimento recíproco e na promessa de um dom imensurável: “Eu vim – disse Jesus – para que tenham vida e tenham vida em abundância” (Jo 10, 10). Tal relação é o modelo das relações entre os cristãos e das relações humanas.
Muitos, também hoje, como nos tempos de Jesus, propõem-se como “pastores” das nossas existências; mas só o Ressuscitado é o verdadeiro Pastor, que nos dá a vida em abundância. Convido todos a terem confiança no Senhor que nos guia. Mas não só nos guia: Ele nos acompanha, caminha conosco. Escutemos com mente e coração abertos a sua Palavra, para alimentar a nossa fé, iluminar a nossa consciência e seguir os ensinamentos do Evangelho.
Neste domingo, rezemos pelos Pastores da Igreja, por todos os bispos, incluindo o Bispo de Roma, por todos os sacerdotes, por todos! Em particular rezemos pelos novos sacerdotes da diocese de Roma, que ordenei agora há pouco, na Basílica de São Pedro. Uma saudação a estes 13 novos sacerdotes! O Senhor ajude nós pastores a sermos sempre fiéis ao Mestre e guias sábios e iluminados do povo de Deus a nós confiado. Também a vocês, por favor, peço que nos ajudem: ajudem-nos a sermos bons pastores. Uma vez li uma coisa belíssima de como o povo de Deus ajuda os bispos e os sacerdotes a serem bons pastores. É um escrito de São Cesário de Arles, um padre dos primeiros séculos da Igreja. Ele explicava como o povo de Deus deve ajudar o pastor e dava este exemplo: quando o bezerrinho tem fome, vai até a vaca, até a mãe, para tomar o leite. A vaca, porém, não o dá de imediato: parece que o retém para si. E o que faz o bezerrinho? Bate com o seu nariz na mama da vaca, para que venha o leite. É uma bela imagem! “Assim vocês – diz este santo – devem ser com os pastores: bater sempre às suas portas, aos seus corações, para que vos deem o leite da doutrina, o leite da graça e o leite da orientação”. E vos peço, por favor, para importunarem os pastores, para perturbarem os pastores, todos nós pastores, para que possamos dar a vocês o leite da graça, da doutrina e da orientação. Importunar! Pensem naquela bela imagem do bezerrinho, como importuna a mãe para que lhe dê de comer.
À imitação de Jesus, cada Pastor “às vezes se colocará diante para indicar o caminho e para apoiar a esperança do povo – o pastor deve estar à frente às vezes – às vezes estará simplesmente em meio a todos com a sua proximidade simples e misericordiosa e em algumas circunstâncias deverá caminhar atrás do povo, para ajudar aqueles que ficaram para trás” (Exort. Apos. Evangelii gaudium, 31). Que todos os Pastores sejam assim! Mas vocês, importunem os pastores, para que deem a orientação da doutrina e da graça.
Neste domingo, acontece o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Na mensagem deste ano, recordei que “cada vocação requer em todo caso um êxodo de si mesmo para centrar a própria existência em Cristo e no seu Evangelho” (n. 2). Por isto o chamado a seguir Jesus é ao mesmo tempo entusiasmante e desafiador. Para que se realize, é necessário sempre entrar em profunda amizade com o Senhor para poder viver Dele e para Ele.
Rezemos para que também neste tempo tantos jovens ouçam a voz do Senhor, que tem sempre o risco de ser sufocada entre tantas outras vozes. Rezemos pelos jovens: talvez aqui na Praça há alguém que escuta esta voz do Senhor que o chama ao sacerdócio; rezemos por ele, se está aqui, e por todos os jovens que são chamados.

O Espírito Santo guia a Igreja com os seus dons - Papa Francisco


O Santo Padre nos convida a pedir o dom da docilidade ao Espírito, que nos fala no coração e nas circunstâncias da vida
 - O Santo Padre se perguntou hoje "quem somos nós para fechar as portas ao Espírito Santo?", na homilia da missa celebrada na Casa Santa Marta. Francisco dedicou a reflexão à conversão dos primeiros pagãos ao cristianismo e recordou que é o Espírito Santo quem faz a Igreja avançar "além dos limites".
O papa afirmou que o Espírito sopra onde quer, mas uma das tentações mais recorrentes de quem tem fé é bloquear o caminho dele. Uma tentação que não é estranha aos alvores da Igreja, como demonstra a experiência de Pedro no fragmento dos Atos dos Apóstolos proposto pela liturgia do dia. Uma comunidade de pagãos acolhe o anúncio do Evangelho e Pedro é testemunha ocular da vinda do Espírito Santo sobre eles. O apóstolo, porém, primeiro hesita em ter contato com aqueles a quem sempre tinha considerado "impuros" e depois sofre duras críticas dos cristãos de Jerusalém, escandalizados com o fato de o chefe ter comido com os "não circuncidados" e ainda tê-los batizado. Para explicar esta passagem, Francisco apresentou o seguinte paralelismo:
“Era algo impensável. Se amanhã viesse uma expedição de marcianos, por exemplo, e alguns deles viessem até nós e um deles dissesse: 'Eu quero o batismo!', o que aconteceria?".
Francisco observou que Pedro compreendeu o erro depois que uma visão o iluminou quanto à verdade fundamental: quem foi purificado por Deus não pode ser chamado de "profano" por ninguém. E, ao narrar este fato à multidão que o critica, o apóstolo pergunta: "Se Deus deu a eles o mesmo dom que deu a nós por termos acreditado no Senhor Jesus Cristo, quem sou eu para impor impedimentos a Deus?", recordou o papa.
Francisco ainda observou: "Quando nosso Senhor nos faz ver o caminho, quem somos nós para dizer ‘Não, Senhor, não é prudente! Não, vamos fazer assim’... E Pedro, nessa primeira diocese, a primeira diocese que foi Antioquia, toma essa decisão: ‘Quem sou eu para colocar impedimentos?’. Uma palavra bonita para os bispos, para os sacerdotes e também para os cristãos. Quem somos nós para fechar as portas? Na Igreja antiga, e ainda hoje, temos o ministério do hostiário. E o que o hostiário fazia? Abria a porta, recebia as pessoas, fazia as pessoas passarem. Nunca houve o ministério de fechar a porta, nunca!”.
O papa ressaltou que, ainda hoje, Deus colocou a guia da Igreja "nas mãos do Espírito Santo" porque "é o Espírito Santo que, como diz Jesus, nos ensinará tudo" e "nos fará recordar o que Jesus nos ensinou".
Para encerrar, o bispo de Roma enfatizou que "o Espírito Santo é a presença viva de Deus na Igreja. É o que faz a Igreja avançar, caminhar. Cada vez mais, indo além dos limites, indo mais adiante. O Espírito Santo, com os seus dons guia a Igreja. Não podemos entender a Igreja de Jesus sem o Paráclito, que nosso Senhor nos envia para isso. E Ele toma essas decisões impensáveis, impensáveis! Para usar uma palavra de São João XXIII: é precisamente o Espírito Santo que 'atualiza' a Igreja: verdadeiramente, precisamente a atualiza e a faz ir adiante. E nós, cristãos, temos que pedir ao Senhor a graça da docilidade ao Espírito Santo. A docilidade a este Espírito que nos fala no coração, que nos fala nas circunstâncias da vida, que nos fala na vida eclesial, nas comunidades cristãs, que nos fala sempre".

CIDADE DO VATICANO, 12 de Maio de 2014 (Zenit.org)

domingo, 11 de maio de 2014

Dia das Mães

Feliz dia Das Mães

Com o mês de maio, somos convidados recordar o mês de Maria, e com Ela, o dia das Mães. Maio nos fala da ternura, do afetivo, do amor e da família. Somos convidados a descobrir a riqueza do feminino, da mulher no Plano de Deus, em nossa vida e na Vida da Igreja.



Mãe

Um dia, o Amor estendeu as mãos para o nada e abriu o espaço... Um dia, o Amor estendeu as mãos para o homem e abriu-se o encontro... Um dia, o Amor se tornou vida de tua vida e eu existi... Mãe, o céu sem confins revela-me teu amor... A vastidão do mar fala-me da tua bondade... As altas montanhas refletem teu heroísmo... A profundeza dos vales espelha tua humildade... A beleza das flores traduz teu caminho... Tudo isso encerras dentro de teu grande coração... E silenciosa, serena, sorrindo, continuas labutando no cotidiano da vida. Um dia, o Amor se tornou vida de tua vida e eu existi. 

 Obrigado, Mãe!

sábado, 10 de maio de 2014

4º Domingo da Páscoa: Dia de Oração pelas Vocações




No intuito de fomentar a preocupação com as vocações em toda Igreja, o papa Paulo VI, em 1964, instituiu o Dia Mundial de Oração pelas Vocações, com o desejo de conscientizar os fiéis católicos de sua responsabilidade pela estruturação e manutenção da Igreja. 







A escolha do 4º Domingo da Páscoa é uma relação direta com a figura do Bom Pastor desta forma, este dia tem a finalidade de recordar ao povo católico que todos fiéis são chamados a desempenharem no mundo sua vocação: os leigos procurando “o Reino de Deus tratando das realidades temporais e ordenando-as segundo Deus” (LG 31) e os ministros ordenados servindo os “irmãos para que todos os que pertencem ao Povo de Deus (…) alcancem a salvação” (LG 18).
Participe, promovendo a cultura vocacional em sua comunidade, fomentando a sublime missão de ser um povo santo, consagrado a Deus, ciente da missão de ser luz para o mundo. 






Papa Francisco: santos não são heróis, mas humildes testemunhas de Cristo



Os santos não são heróis, mas são pecadores que seguem Jesus no caminho da humildade e da cruz: na homilia desta sexta-feira, na Casa Santa Marta, o Papa Francisco comentou a primeira leitura, que narra a conversão de São Paulo.
O Pontífice explicou o que se entende quando dizemos que a “Igreja é santa”: Mas como pode ser santa se todos nós estamos dentro? Somos todos pecadores, aqui. E a Igreja é santa. É a esposa de Jesus Cristo e Ele a ama, Ele a santifica, a santifica todos os dias com o seu sacrifício eucarístico. E nós somos pecadores, mas numa Igreja santa. E também nós nos santificamos com esta pertença à Igreja: somos filhos da Igreja e a Mãe Igreja nos santifica, com o seu amor, com os Sacramentos do seu Esposo.
Nas suas cartas – recordou o Papa –, São Paulo fala aos santos, a nós: “pecadores, mas filhos da Igreja santa, santificada pelo Corpo e o Sangue de Jesus”: Nesta Igreja santa, o Senhor escolhe algumas pessoas para que a santidade fique mais evidente, para mostrar que Ele é quem santifica, que ninguém santifica si mesmo, que não existe um curso para se tornar santo, que ser santo não é ser faquir ou algo desse estilo… Não! A santidade é um dom de Jesus à sua Igreja, e para mostrar isso Ele escolhe pessoas em que o seu trabalho para santificar fica evidente.
No Evangelho – observou ainda Francisco –, existem muitos exemplo de santos: há Madalena, Mateus, Zaqueu e muitos outros que nos mostram qual é a primeira regra da santidade: “é necessário que Cristo cresça e nós nos rebaixemos”.
Assim, Cristo escolheu Saulo, que era um perseguidor da Igreja. E de tão grande que era, se tornou pequeno, obedeceu. Mas Paulo não se tornou um herói, explicou o Papa. Ele, que pregou o Evangelho em todo o mundo, “terminou a sua vida com um pequeno grupo de amigos, aqui em Roma, vítima dos seus discípulos”. Do grande homem que era, morreu decapitado. “Rebaixou-se, rebaixou-se, rebaixou-se….” A diferença entre os heróis e os santos – explicou por fim Francisco – “é o testemunho, a imitação de Jesus Cristo. Percorrer o caminho de Cristo, o caminho da cruz. Penso, afirmou ainda, nos últimos dias de São João Paulo II…”: Não podia falar, o grande atleta de Deus, o grande guerreiro de Deus acaba assim: aniquilado pela doença, humilhado como Jesus. Este é o percurso da santidade dos grandes. Também é o percurso da nossa santidade. Se nós não nos deixarmos converter o coração por este caminho de Jesus – carregar a cruz todos os dias, a cruz ordinária, a cruz simples – e deixar que Jesus cresça; se não percorrermos este caminho, não seremos santos.
Mas se o percorrermos, todos nós testemunharemos Jesus Cristo, que nos ama tanto. E daremos testemunho que, não obstante sejamos pecadores, a Igreja é santa. É a esposa de Jesus.

Postado em 9 de maio de 2014
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